·
Psicanálise - É a origem
de todas as outras escolas. Criada no final do século passado pelo austríaco
Sigmund Freud, tem como objetivo alcançar o inconsciente, por meio de técnicas
específicas ou pela interpretação de sonhos, para desvendar mistérios ocultos.
Freud encontrou na sexualidade a base de todos os problemas emocionais do ser
humano.
Durante a sessão, o psicanalista se
mantém neutro, não manifesta suas emoções ou
opiniões. O paciente expõe seus sentimentos sem nenhuma interferência e aprende
a perceber qual é a "Segunda Intenção" em todas as suas atitudes.
O famoso divã de Freud continua a
ser utilizado, mas só por opção do paciente, que pode escolher entre deitar-se
no divã.
(quando fica mais relaxado e
solto) ou permanecer sentado
(com maior controle sobre suas
palavras). Cada sessão tem início, meio e fim, ou seja, o assunto abordado não
tem continuação no encontro seguinte.
Esse tratamento é um dos mais longos, pois trabalha para que o
inconsciente venha á tona, o que pode demorar anos. Os psicanalistas recomendam
uma freqüência mínima de três vezes por semana e pode ser individual ou em
grupo.
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Rogeriana - Esteve em
alta no Brasil na década de 70. Foi criada pelo norte-americano Carl Rogers e o
foco é "centrado na pessoa". Tem como objetivo levar o indivíduo á
maturidade. Seu diferencial é a empatia imediata entre o psicoterapeuta e o
paciente; o especialista aceita o paciente como ele é, sem críticas, mas também
se dá o direito de expressar seus sentimentos durante a sessão, mesmo que
entrem em choque com o paciente. Essa técnica permite que a pessoa conheça
melhor seus próprios problemas. Pode ser individual ou em grupo, uma a duas
vezes por semana.
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Psicodrama - O
Psiquiatra Jacob Levi Moreno trouxe do teatro a base do psicodrama. Durante a
sessão, cada paciente relata alguma situação incômoda. Depois, de comum acordo,
o grupo escolhe um dos relatos para ser dramatizado. Assim, cada um interpreta
um papel. Em seguida, todos buscam saídas para o conflito. A Dramatização
auxilia o paciente a "ver" melhor suas questões, compreendendo-as
mais claramente. Além disso, a encenação tem outro benefício: baixa a
ansiedade. Tudo isso ajuda a encontrar a melhor solução. As sessões são feitas
em grupo, uma vez por semana durante duas horas.
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Lacaniana – Lacan
seguiu a linha psicanalística de Freud, acrescentando trabalhos sobre a visão
do real e do imaginário, com base na verbalização. O Psicoterapeuta se orienta
pelo chamado tempo lógico, ou seja, a sessão se encerra quando o paciente tem
um insight (uma repentina compreensão de um determinado fato), para que ele
possa, por si só, elaborar idéias, organizar seus pensamentos. São indicadas
três sessões semanais e individuais.
·
Gestalt – Desenvolvida
pelo alemão Fritz Perls, essa teoria trabalha com o esquema de “Figura e
Fundo”, ou seja, analisa o que o paciente expõe em primeiro plano e tenta
encontrar o que pode existir por trás disto. Como se houvesse um pano de fundo
e uma figura projetada à frente. Durante as sessões são feitas vivências por
meio de exercícios corporais, para despertar a memória do paciente. É um
tratamento intenso, que leva a pessoa a manifestar todos os seus sentimentos
mais profundos. Pode ser individual ou em grupo, com sessões, em média, duas
vezes por semana.
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Fenomenológica – Do alemão
Phillip Lersch, essa psicoterapia entende que todos nascem com algum sentimento
mais desenvolvido, pode ser amor, ciúme, ódio, criatividade ou outros, e
procura despertar o lado positivo da pessoa que, em contrapartida, passa a ter
o controle do seu lado negativo. As técnicas utilizadas incluem relaxamento,
fitas e livros sobre o pensamento positivo, de auto-estima e auto-ajuda. Os
encontros são, em geral, semanais.
·
Cognitiva - De outro alemão: Aaron Beck. A ênfase maior é
dada ao grau de importância que o paciente confere a determinados
acontecimentos, levando em conta suas crenças, conceitos e expectativas e
substituindo concepções negativas por positivas. As sessões são individuais, uma
a duas vezes por semana.
·
Psicodinâmica – A partir
da avaliação do paciente feita por meio de testes ou entrevistas, o
psicoterapeuta decide qual será a técnica mais apropriada para o tratamento.
Pode ser relaxamento, uma abordagem verbal, massagens ou exercícios. Qualquer
uma destas técnicas tem a função de diminuir a angústia e ajudar o paciente a
expressar suas emoções. O Objetivo é solucionar (ou amenizar) os problemas o
mais breve possível. A sessão é individual, uma vez por semana.
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Comportamental – Aborda o
comportamento do indivíduo e trabalha os seus medos isoladamente. O objetivo é
levar a pessoa a se livrar de suas fobias por meio de vivências, enfrentando o
motivo que a aflige. A idéia é que, ao tomar contato com a causa do problema, a
pessoa perceba que o seu sentimento pode ser compreendido e superado, dando um
fim às fobias. As sessões são individuais, em geral, duas vezes por semana.
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Reichiana – De Wilhelm
Reich, médico e psicanalista austríaco que iniciou sua carreira pela escola de
Freud (chegou até a tratar alguns pacientes enviados por Freud) e depois mudou
sua abordagem. Ele criou a bioenergética, uma técnica corporal (com exercícios)
aliada à verbalização. O objetivo é que o paciente libere as emoções. Pode ser
individual ou em grupo, uma vez por semana.
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Psicoterapia Breve ou de Emergência – Quando há um
problema que deve ser resolvido com urgência, por exemplo, casos de bulimia,
fobias ou distúrbios obsessivos compulsivos (TOC), a psicoterapia breve pode
ser uma boa saída, pois busca a solução em poucos meses. O especialista
direciona o trabalho para o conflito em si e utiliza a técnica que julgar mais
eficiente e rápida. O objetivo é mudar o comportamento do paciente em pouco
tempo. O número de sessões deve ser combinado em cada caso.
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Junguiana – O Suíço Carl
Gustav Jung se diferencia de Freud por dar menor valor à sexualidade, pois acha
que há muito mais a ser estudado. Foi ele quem criou o termo “Inconsciente
Coletivo”, cujo conteúdo chamou de arquétipos, afirmando que as idéias sobrevivem
às gerações e se manifestam nos sonhos por meio de símbolos. Por exemplo, o
círculo é um deles e é interpretado como a nossa energia. No entanto, um
arquétipo, depois de descoberto, perde sua força e influência sobre a pessoa. O
analista não é tão neutro quanto o psicanalista, ele interfere e faz perguntas
para induzir o paciente a refletir sobre a questão abordada. A linha junguiana
não é tão longa quanto à de Freud. São recomendadas duas sessões semanais, no
mínimo.
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