sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Psicanálise - Escolha seu Terapeuta


“Tornar a vida mais tranqüila e dar a volta por cima de tudo o que você tem chamado de problema são alguns dos benefícios da psicoterapia. A variedade de tratamentos é grande, mas antes de escolher o especialista é preciso conhecer um pouco sobre cada escola. Assim, fica mais fácil fazer sua opção”.

Para muitos não é fácil admitir, mas faça uma reflexão: quem hoje em dia não viveria melhor com a ajuda de um psicoterapeuta? Há algum tempo, quem recorria a esse auxílio para tentar ser mais feliz era visto como um doente mental, e o preconceito era impiedoso. Aos poucos, essa imagem foi se tornando amena. Mas ainda assim, perceber a necessidade desse tratamento é uma tarefa complicada.

Em geral, quem está de fora tem mais condições de detectar a importância da psicoterapia do que a própria pessoa. A partir do alerta de um amigo ou parente fica mais fácil decidir sobre o assunto. Mas a opção de procurar um especialista é exclusivamente pessoal.

Se este for o seu caso, fique tranqüila, afinal, precisar de um socorro emocional não é mais privilégio de poucos. Pense bem, estamos vivendo o início de um século. O Mundo caminha para uma sociedade totalmente diferente de poucas décadas atrás. Se, há alguns anos, o cocooning ( viver mais em casa, recolhida com a família ou com poucos amigos) era moda, hoje essa tendência virou estilo de vida, levando muitas pessoas a optar por trabalhar no próprio lar, por exemplo, fugindo do trânsito caótico, principalmente nas grandes cidades. E a tecnologia só vem facilitar essa escolha. Em muitas profissões bastam computador, fax e telefone em casa para que o trabalhador não precise mais pôr o pé na rua para ganhar o seu dinheiro. Claro que os benefícios são muitos. Mas os pontos negativos também começam a aparecer, reforçando alguns dos problemas sociais das décadas anteriores. O individualismo, por exemplo, transformou-se em puro isolamento. Além disso, hoje, parece que, para se sentir segura, é preciso trancar-se entre quatro paredes.

O que temos aí é um sentimento crescente de solidão, além da dificuldade no relacionamento social. Antigamente, dizia-se que os verdadeiros amigos podiam ser contados nos dedos das mãos. Hoje, digamos que bastam poucos dedos.


“QUEM PODE AJUDAR VOCÊ ?”


Todos esses exemplos são indícios de que a vida, muitas vezes, fica difícil. O dia-a-dia pode se tornar um fardo. Sinais de depressão ( ou o contrário: muita ansiedade), Desânimo, fadiga, problemas no relacionamento pessoal ou social, insucessos profissionais ou introspecção excessiva não devem ser deixados de lado.

O melhor a fazer é tentar descobrir a fonte desses sintomas. Tomada a decisão de buscar ajuda por meio de um tratamento psicoterápico, surge a primeira dúvida: quem devo procurar?

A opção pelo especialista deve levar em conta algumas referências. Por exemplo, procure indicações de pessoas conhecidas, ou do seu médico, tente saber quais as técnicas utilizadas pelo psicoterapeuta, quais são as correntes ( Jung, Freud, Reich, Lacan ou outras) adotadas, além da sua formação profissional. Outras questões que podem influenciar são de ordem prática, como o número de sessões semanais ( dependendo da linha do especialista, pode ir de uma a cinco), o prazo médio para o tratamento ( alguns levam meses, outros chegam a anos) e o custo mensal, que não deve pesar no seu bolso, para não se tornar um problema a mais em sua vida! Vale saber que, hoje em dia, os psicoterapeutas costumam utilizar os benefícios de várias escolas, de acordo com a sua formação profissional. Assim, não estranhe se o especialista escolhido adotar técnicas diferentes em seu tratamento.

Além disso, vale esclarecer que: psicanalista é o profissional que segue as teorias do “pai da psicanálise”, Sigmund Freud; analista é aquele que se orienta pela linha de Carl Gustav Jung; e psicoterapeuta é o nome dado ao especialista que adota qualquer uma das demais escolas. Todos buscam o alívio dos sintomas pelo autoconhecimento, o que não significa a cura