segunda-feira, 18 de março de 2013

Tipos de Psicoterapias



·      Psicanálise - É a origem de todas as outras escolas. Criada no final do século passado pelo austríaco Sigmund Freud, tem como objetivo alcançar o inconsciente, por meio de técnicas específicas ou pela interpretação de sonhos, para desvendar mistérios ocultos. Freud encontrou na sexualidade a base de todos os problemas emocionais do ser humano.
          Durante a sessão, o psicanalista se mantém neutro, não manifesta                        suas emoções ou opiniões. O paciente expõe seus sentimentos sem nenhuma interferência e aprende a perceber qual é a "Segunda Intenção" em todas as suas atitudes.
O famoso divã de Freud continua a ser utilizado, mas só por opção do paciente, que pode escolher entre deitar-se no divã.
(quando fica mais relaxado e solto) ou permanecer sentado
(com maior controle sobre suas palavras). Cada sessão tem início, meio e fim, ou seja, o assunto abordado não tem continuação no encontro seguinte.        Esse tratamento é um dos mais longos, pois trabalha para que o inconsciente venha á tona, o que pode demorar anos. Os psicanalistas recomendam uma freqüência mínima de três vezes por semana e pode ser individual ou em grupo.

·      Rogeriana - Esteve em alta no Brasil na década de 70. Foi criada pelo norte-americano Carl Rogers e o foco é "centrado na pessoa". Tem como objetivo levar o indivíduo á maturidade. Seu diferencial é a empatia imediata entre o psicoterapeuta e o paciente; o especialista aceita o paciente como ele é, sem críticas, mas também se dá o direito de expressar seus sentimentos durante a sessão, mesmo que entrem em choque com o paciente. Essa técnica permite que a pessoa conheça melhor seus próprios problemas. Pode ser individual ou em grupo, uma a duas vezes por semana.

·      Psicodrama - O Psiquiatra Jacob Levi Moreno trouxe do teatro a base do psicodrama. Durante a sessão, cada paciente relata alguma situação incômoda. Depois, de comum acordo, o grupo escolhe um dos relatos para ser dramatizado. Assim, cada um interpreta um papel. Em seguida, todos buscam saídas para o conflito. A Dramatização auxilia o paciente a "ver" melhor suas questões, compreendendo-as mais claramente. Além disso, a encenação tem outro benefício: baixa a ansiedade. Tudo isso ajuda a encontrar a melhor solução. As sessões são feitas em grupo, uma vez por semana durante duas horas.

·      Lacaniana – Lacan seguiu a linha psicanalística de Freud, acrescentando trabalhos sobre a visão do real e do imaginário, com base na verbalização. O Psicoterapeuta se orienta pelo chamado tempo lógico, ou seja, a sessão se encerra quando o paciente tem um insight (uma repentina compreensão de um determinado fato), para que ele possa, por si só, elaborar idéias, organizar seus pensamentos. São indicadas três sessões semanais e individuais.

·      Gestalt – Desenvolvida pelo alemão Fritz Perls, essa teoria trabalha com o esquema de “Figura e Fundo”, ou seja, analisa o que o paciente expõe em primeiro plano e tenta encontrar o que pode existir por trás disto. Como se houvesse um pano de fundo e uma figura projetada à frente. Durante as sessões são feitas vivências por meio de exercícios corporais, para despertar a memória do paciente. É um tratamento intenso, que leva a pessoa a manifestar todos os seus sentimentos mais profundos. Pode ser individual ou em grupo, com sessões, em média, duas vezes por semana.

·      Fenomenológica – Do alemão Phillip Lersch, essa psicoterapia entende que todos nascem com algum sentimento mais desenvolvido, pode ser amor, ciúme, ódio, criatividade ou outros, e procura despertar o lado positivo da pessoa que, em contrapartida, passa a ter o controle do seu lado negativo. As técnicas utilizadas incluem relaxamento, fitas e livros sobre o pensamento positivo, de auto-estima e auto-ajuda. Os encontros são, em geral, semanais.

·      Cognitiva -  De outro alemão: Aaron Beck. A ênfase maior é dada ao grau de importância que o paciente confere a determinados acontecimentos, levando em conta suas crenças, conceitos e expectativas e substituindo concepções negativas por positivas. As sessões são individuais, uma a duas vezes por semana.

·      Psicodinâmica – A partir da avaliação do paciente feita por meio de testes ou entrevistas, o psicoterapeuta decide qual será a técnica mais apropriada para o tratamento. Pode ser relaxamento, uma abordagem verbal, massagens ou exercícios. Qualquer uma destas técnicas tem a função de diminuir a angústia e ajudar o paciente a expressar suas emoções. O Objetivo é solucionar (ou amenizar) os problemas o mais breve possível. A sessão é individual, uma vez por semana.

·      Comportamental – Aborda o comportamento do indivíduo e trabalha os seus medos isoladamente. O objetivo é levar a pessoa a se livrar de suas fobias por meio de vivências, enfrentando o motivo que a aflige. A idéia é que, ao tomar contato com a causa do problema, a pessoa perceba que o seu sentimento pode ser compreendido e superado, dando um fim às fobias. As sessões são individuais, em geral, duas vezes por semana.

·      Reichiana – De Wilhelm Reich, médico e psicanalista austríaco que iniciou sua carreira pela escola de Freud (chegou até a tratar alguns pacientes enviados por Freud) e depois mudou sua abordagem. Ele criou a bioenergética, uma técnica corporal (com exercícios) aliada à verbalização. O objetivo é que o paciente libere as emoções. Pode ser individual ou em grupo, uma vez por semana.

·      Psicoterapia Breve ou de Emergência – Quando há um problema que deve ser resolvido com urgência, por exemplo, casos de bulimia, fobias ou distúrbios obsessivos compulsivos (TOC), a psicoterapia breve pode ser uma boa saída, pois busca a solução em poucos meses. O especialista direciona o trabalho para o conflito em si e utiliza a técnica que julgar mais eficiente e rápida. O objetivo é mudar o comportamento do paciente em pouco tempo. O número de sessões deve ser combinado em cada caso.

·      Junguiana – O Suíço Carl Gustav Jung se diferencia de Freud por dar menor valor à sexualidade, pois acha que há muito mais a ser estudado. Foi ele quem criou o termo “Inconsciente Coletivo”, cujo conteúdo chamou de arquétipos, afirmando que as idéias sobrevivem às gerações e se manifestam nos sonhos por meio de símbolos. Por exemplo, o círculo é um deles e é interpretado como a nossa energia. No entanto, um arquétipo, depois de descoberto, perde sua força e influência sobre a pessoa. O analista não é tão neutro quanto o psicanalista, ele interfere e faz perguntas para induzir o paciente a refletir sobre a questão abordada. A linha junguiana não é tão longa quanto à de Freud. São recomendadas duas sessões semanais, no mínimo.